quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Os efeitos e consequências da falta de concentração das crianças do século XXI


Segundo o artigo da Pública, os problemas de atenção das crianças e dos jovens é um tema muito presente na sociedade moderna.
Estudos revelaram que existe um causa genética implicita na falta de concentração das crianças (teoria que não foi bem aceite em Portugal). No entanto, o pediatra americano Dimitri Christakis, apesar de não concordar com as conclusões dos estudos, defende que ambiente que rodeia a criança na sua primeira idade é um factor decisivo para a "formatação" do cerebro da mesma. Daí muitos apontarem a televisão, os jogos de computador e a internet como "os grandes culpados" do défice de concentração das crianças devido às excessivas horas passadas em frente aos mesmos.
As queixas feitas pelas escolas começam a aparecer, essencialmente quando os alunos atingem os sete anos de idade, apresentando um mau rendimento escolar e/ou mau comportamente, etc. Os psicólogos justificam este comportamento através do Efeito de Rosenthal, ou seja, o desempenho do aluno é influenciado pelas expectativas e ideias pré-concebidas que os professores tenham desde o início do ano lectivo.
Porém, nem tudo são más noticias: estas crianças estão muito mais preparadas para o século XXI do que pessoas que não conviveram desde pequenas com a televisão e com o digital já que isto permitiu que estes jovens estivessem mais aptos a responder aos estímulos que os rodeiam do que as pessoas mais velhas.
Contudo, o psiquiatra Emilio Salgueiro acredita a receita ideal para uma "vida saudável" e aumento da atenção é fazer com que a criança se interesse por aquilo que lhe está a ser exposto bem como fazer com que esta se sinta segura no momento para que no futuro se torne num adulto confiante.
Hoje em dia, tornou-se comum a utilização de medicamentos como Ritalin para aumentar a capacidade de concentração das crianças. No entanto, será esta uma solução eficaz? Não estaremos, como diz o neuropediatra Luís Borges, "a chamar doença ao que é diferente"? É inegável a componente genética e ambiental intrínseca ao problema mas será justo os pais "condenarem" os seus filhos a medicamentos só pelo facto destes serem diferentes dos demais? Terão os pais plena consciência dos efeitos a médio e longo prazo destes fármacos? Aqui fica a nossa opinião.
Fonte: Artigo da Pública

1 comentário:

  1. Sou apologista em que a medicação para reforçar a falta de concentração da criança no cômputo geral não devia ser prescrita nem vendida em qualquer lado nomeadamente (farmácias, ou em outros pontos de venda), e por fonte segura do mesmo sei que leva a enormes repercussões ao longo de sua vida...

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